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2012 - Livro Vermelho 2013

Urera nitida (Vell.) P.Brack LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 10-04-2012

Criterio:

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Apesar de ser endêmica do Brasil, está espécie possui um EOO amplo e é comum nas margens de rios brasileiros. Ocorre com frequência em Unidades de Conservação e em grandes populações.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Urera nitida (Vell.) P.Brack;

Família: Urticaceae

Sinônimos:

  • > Urera denticulata ;
  • > Urera armigera ;

Mapa de ocorrência

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Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Napea 1: 7. 1987. Nomes populares: "Urtiga" e "Urtigão" (Gaglioti, 2011). U. nitida (Vell.) Brack é geralmente confundida com U. baccifera, diferindo-se principalmente pela forma, textura e indumento das lâminas foliares (Romaniuc Neto et al., 2009).

Dados populacionais

Em amostragem realizada em floresta ombrófila densa, no município de Araranguá, no estado de Santa Catarina, apresentou apenas 1 indivíduo por hectare (Martins, 2010).

Distribuição

Ocorre no estado de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Romaniuc Neto; Gaglioti, A.L. In Lista de Espécies da Flora do Brasil; Forzza, R.C. et al., 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por arbustos dióicos, raramente monóicos, atingindo de 0,5-2,5(-4)m de altura; floresce entre os meses de Fevereiro a Abril, e de Agosto a Dezembro, frutifica de Janeiro a Junho (Gaglioti, 2011; Brack, 1987); apresenta síndrome de dispersão zoocórica (Mikich; Silva, 2001).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência national
Severidade very high
Detalhes ​A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat são: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Reserva Biológica Augusto Ruschi, no estado do Espírito Santo; Parque Estadual do Lago Azul, Reserva Natural Salto Morato e Parque Estadual Mata do Godoy, no Paraná; Área de Proteção Ambiental do Cairuçú e Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro; Parque Natural Municipal São Francisco de Assis e Parque Municipal Lagoa do Peri, em Santa Catarina; Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual Jacupiranga, Reserve Ecológica da Juréia, Parque Estadual da Cantareira e Parque Estadual Morro do Diabo, em São Paulo (CNCFlora, 2012).

Referências

- ROMANIUC NETO, S.; GAGLIOTI, A.L. Urera nitida in Urera (Urticaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB015078>.

- ROMANIUC NETO, S.; GAGLIOTI, A.L. Urticaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.489-490, 2009.

- GAGLIOTI, A.L. Urticaceae Juss. no estado de São Paulo, Brasil. Mestrado. São Paulo: Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2011.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- MIKICH, S.B.; SILVA, S.M. Composição florísica e fenologia das espécies zoocóricas de remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual no centro-oeste do Paraná, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 15, n. 1, p. 89-113, 2001.

- MARTINS, R. Composição e estrutura vegetacional em diferentes formações na Floresta Atlântica, sul de Santa Catarina, Brasil. Doutorado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2010.

- ROMANIUC NETO, S.; GAGLIOTI, A.L.; GUIDO, B.M.O. Urticaceae Juss. do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil., Hoehnea, São Paulo, v.36, p.193-205, 2009.

- BRACK, P. O gênero Urera (Urticaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil., Napaea, p.1-9, 1987.

Como citar

CNCFlora. Urera nitida in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Urera nitida>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 10/04/2012 - 14:36:17